LIGA
Universitária de Direito da Ufes
Simulação das Nações Unidas da UFES


O PROJETO
A SINUFES é um projeto realizado pela Ludufes, no seio da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Situa-se no plano de simulações da Organição Nações Unidas (ONU), ocorridas mundialmente, tendo como enfoque as questões de maior relevância na esfera internacional. Os debates são realizados baseando-se nos modelos de comitês e reuniões dos diversos órgãos internacionais existentes, como, por exemplo, a Assembleia Geral das Nações Unidas, ACNUR, OMC, Conselho de Segurança, G7, entre outros.
Cada comitê é integrado por seus respectivos delegados, que devem defender os interesses dos atores os quais representam e deliberar acerca dos eventuais impasses e desafios que surgem no decorrer das discussões.
OBJETIVOS
-A busca pelo conhecimento e domínio das principais questões do cenário internacional;
-A promoção da habilidade de solução de conflitos, no mais diversos graus de complexidades;
-O estímulo à retórica e à argumentação em ambientes dotados de instabilidades e desafios;
-O aprimoramento de um projeto de cunho diplomático para os alunos interessados no âmbito de aplicação do Direito Internacional;
-Impulsionar o senso crítico nas questões de grande relevância mundial, como as de cunho humanitário, ambiental, econômico, jurídico e político.
-Aproximar os alunos ao lado prático das soluções de conflitos no plano internacional;
-Criar contatos com pessoas de diferentes lugares, com diferentes visões e opiniões sobre o mundo e proporcionar suas representações;
-Estimular a oratória para debates, para que se desenvolvam melhor as opiniões e a defesa dos pontos de vista;
-Promover debate em torno das questões do Direito internacional Público e Privado que envolvam e interessem a sociedade;
-Proporcionar um espírito de tolerância entre os participantes, considerando diferentes opiniões, bem como buscar um consenso para a mediação e a possível solução dos conflitos;
-Desenvolver a capacidade formal e burocrática, como o seguimento de regras de conduta e padrões de documento;
-Afastar os participantes dos pré-conceitos culturais e o usual etnocentrismo;
-Provocar reflexões sobre as questões humanitárias e a luta pela paz mundial.
NECESSIDADE
A evolução histórica das sociedades e sua consequente maior comunicação entre Estados e indivíduos formou, a nível global, um mundo interligado e globalizado, no qual questões sociais, político-ideológicas e econômicas, de inegável relevância internacional, não podem mais ser discutidas em apenas um pólo do Globo.
Trata-se, pois, de um mundo sem fronteiras, fato reiterado inclusive pelo advento tecnológico dos últimos dois séculos. Com isso, notavelmente deixam-se de lado os conceitos de absoluto nacionalismo em relação a determinada nação, passando-se de “americanos”, “europeus”, “africanos”, e “asiáticos” para o conceito de “humanos”. Cidadãos de uma única casa - o planeta Terra -, os homens, munidos pela ideia de individualismo e de competição, protagonizam conflitos históricos, quase sempre desnecessários, promovendo guerras e embates contra aqueles de sua própria espécie.
Como consequência desse cenário peculiar e intrínseco às sociedades humanas, a busca pela solução de conflitos, de pretensão pacífica e humanitária, foi, também, desenvolvendo-se no decorrer dos séculos, ainda que de modo não absoluto, visto que muitas são as complexidades sociais que impedem o homem de chegar em acordos, principalmente no que diz respeito aos impasses político-econômicos, ideológicos e religiosos.
Na incontestável necessidade de se atingir tais objetivos iniciou-se a constituição de uma “normativização global”, que, além de buscar os fins supracitados, pretende promover a pacificação de certas questões controversas. Desse modo, criaram-se órgãos, tratados e resoluções internacionais na tentativa de nos humanizarmos e termos uma melhor convivência.
Antes da existência de uma Lei global, precisa-se de uma evolução intelectual na esfera dos indivíduos, que sob as lentes turvas do patriotismo exacerbado, não parecem estar prontos para erguer a bandeira de uma ordem global. Para isso, são necessárias indagações como: é possível afirmar que existe uma efetiva união de nações? A existência da ONU é um caminho sem volta? Estaríamos nós dispostos a abrir mão de juízos pessoais em prol de uma questão humanitária maior, inserindo-nos neste novo contexto de nações globalizadas? Pensemos como estas questões são de suma importância ao se tratar de nível global, de Estados inseridos no seio da discussão. Deve-se, pois, debater, discutir, promover o senso crítico na busca do consenso como meio de solução de conflitos, buscando voltar-se ao princípio da paz e segurança internacional. De sorte, essas são as ações essenciais para o desenvolvimento da empatia em relação ao próximo, sem distinção alguma.
São por estes motivos que a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) necessita de mais forças de mudança e de promover a formação de novos cidadãos globais, que serão os futuros agentes atuantes no campo do Direito Internacional, bem como nacional, sendo de extrema importância que se deparem, desde logo, com as maiores problemáticas das relações humanas. Em outras palavras, somos o futuro, uma vez que, certamente, seremos responsáveis por parte de grandes decisões e discussões no exercer de nossos ofícios. É preciso eliminar preconceitos e ampliar horizontes.
Sob esta ótica, as simulações geopolíticas internacionais ajudarão os estudantes a visualizar o lado prático de temas tão importantes no cenário global e a se inserirem no âmago dessas discussões, visto que é essencial que os universitários desenvolvam o lado perceptivo das relações internacionais. Por tantas razões, a LUDUFES, representando a aludida Universidade, tomou para si a responsabilidade de dar este grande passo em direção à defesa destes interesses que, de fato, pertencem à toda humanidade da qual integramos.
ESTRUTURA
As simulações são realizadas bimestralmente e o comitê abordado pode possuir como delegados alunos de instituições de ensino superior pública ou privada, bem como alunos de ensino médio.
Cada participante, na função de delegado, atuará em seu respectivo comitê, na defesa dos interesses pertinentes ao país ou agência especializada que representar. É dever de cada delegado agir de modo coerente com a realidade e com o contexto político-ideológico em que se inserem os Sujeitos Internacionais por eles representados.
As regras gerais da simulação, são divulgadas por meio de MANUAL DE REGRAS; As regras específicas e o posicionamento dos países são divulgadas por meio de GUIA DE ESTUDOS, ambos que são disponibilizado para cada delegado antes da simulação.
No dia da simulação cada delegado deverá apresentar à mesa e aos demais delegados um Documento de Posição Oficial (DPO) com o objetivo de informar aos demais o posicionamento do país ou agência especializada que representa sobre determinado tema.
Os participantes deverão reservar dentre um e dois dias para participar da simulação e representar o país que lhes foi reservado com antecedência, bem como devem treinar individualmente a ambientalização em relação ao tema e aos requisitos de representatividade dos seus respectivos países e instituições.